
Agora, em 2018, se tudo der certo, vou correr minha primeira prova internacional e minha primeira maratona. E a meta para 2019? Disputar uma ultramaratona. Será que consigo?
Thiago em 2010 e hoje: consegue reconhecer?
Thiago em 2010 e hoje: consegue reconhecer?
Montagem R7
Amigos leitores, agora que já sabem um pouco das minhas batalhas, quero compartilhar alguns conselhos, que para mim foram cruciais, para quem precisa mudar hábitos. Não tenho a pretensão de ensinar nada a ninguém. Quero, apenas, compartilhar ideias que me ajudaram e que podem, com as devidas adaptações, ser úteis a vocês.
1. Estabeleça uma meta.
Quando comecei a me cuidar, há pouco mais de dois anos, a ideia inicial era apenas ter um pouco mais de qualidade de vida. Não imaginava que iria tomar gosto pela corrida. Queria apenas emagrecer uns quilinhos e me sentir mais saudável. Acontece que as caminhadas na esteira da academia começaram a ficar mais frequentes. Aos poucos, comecei a trotar 5 minutos, depois 10... Quando me dei conta, tinha sido contaminado pela corrida.
Foi aà que me inscrevi na primeira prova: os 10km de Igaratá. Isso mesmo, dei a largada justamente numa prova de montanha. A inscrição foi feita com um mês e meio de antecedência. Os 10km me pareciam impossÃveis à quela época e não me saÃam da cabeça. Comecei a aumentar as distâncias na esteira progressivamente. Passei a exigir mais do meu corpo e a forçar meus limites até completar os 10km na academia.
Em resumo, estabelecer metas foi fundamental para saber onde queria chegar. Ao completar os 10km, já comecei a pensar no próximo desafio: os 15km. E por aà foi. Então, coragem: estabeleça metas e, aos poucos, vá aumentando o grau de dificuldade. Isso vai ser bom para você!
2. Siga o caminho, não procure atalhos.
Estabelecida a meta, é hora de focar na preparação. Independentemente de onde você deseja chegar, é preciso percorrer o caminho inteiro. Então, parceiro, você não pode querer correr uma maratona sem ter passado por um longo e doloroso processo: treino, treino, treino...
3. O hábito é a chave do sucesso.
Criar uma rotina diária de treinamentos não é fácil. Eu diria até que é a parte mais difÃcil, quando se deseja mudar de vida. Os compromissos profissionais, a falta de tempo para ficar com a famÃlia, o trânsito...tudo acaba servindo de desculpa para não fazer atividade fÃsica. Então, você precisa ser esperto para conseguir transformá-la em um hábito.
Como eu fiz isso? A ideia surgiu quando li o livro “O Poder do Hábito”, de Charles Duhigg (aproveito aqui para recomendar fortemente a leitura). Resumindo bem: os hábitos surgem porque o cérebro está o tempo todo procurando maneiras de poupar esforço. Toda vez que “forçamos” o cérebro a identificar novas escolhas e comportamentos, podemos gerar uma frustração. A boa notÃcia é que, se criarmos “recompensas” para o nosso cérebro, geramos um estÃmulo que o faz memorizar o comportamento.
No meu caso, era muito difÃcil conseguir ir para a academia antes ou depois do trabalho. Aproveitei a necessidade de levar meus filhos na escola (gatilho) para incluir esse hábito na minha vida. Não me permitia voltar para casa sem passar pela academia. Para isso, comecei a me vestir com roupas de esporte assim que acordava e mudei meu trajeto escola/casa, desviando para a rua da academia. Não tinha como dar desculpas. Deu certo.
4. Fazer musculação é chato, mas necessário.
Não tem jeito, vou chover no molhado. Se você quer correr bem e de maneira saudável, precisa encarar sessões de fortalecimento muscular. Fazer musculação é fundamental para te dar força para aguentar maiores distâncias, para melhorar sua potência (trocando gordura por massa magra) e, principalmente, para diminuir o risco de lesões durante a corrida. Então, amigão, não negligencie seus momentos na academia. Procure um profissional de educação fÃsica capacitado e que te ajude a encarar com leveza a tortura que é a musculação. Aqui, agradeço publicamente a personal Livia Leonelli pela paciência!
5. A alimentação te ajuda a chegar lá mais rápido.
As coisas estavam melhorando: eu havia conseguido criar uma rotina nova, em que os exercÃcios fÃsicos eram parte importante, mas ainda faltava algo. Os resultados estavam mais lentos do que gostaria. Então, passei a prestar mais atenção ao que colocava no prato. Procurei informações sobre os melhores alimentos, combinações que podem ajudar no aumento do metabolismo, consultei médicos e nutricionistas.
Quando você consegue sair do ciclo vicioso do sedentarismo, a alimentação é uma batalha natural. Mas lutar essa batalha sozinho é bem difÃcil. Por isso, não posso deixar de agradecer a Karen, minha parceira de vida e esposa, que me ajudou – com paciência e dedicação - a adotar hábitos alimentares mais saudáveis. Sem ela, não teria conseguido.
Basicamente, cortei carboidratos simples, produtos industrializados, açúcar e adotei perÃodos sem ingerir álcool e sem comer carne vermelha. Te aconselho a procurar um profissional para montar um programa alimentar focado nas suas necessidades.
6. Paciência.
Não queime etapas: quer correr? Primeiro condicione seu corpo a aguentar boas caminhadas. Começar a correr sem preparar o corpo é uma roubada. Vai por mim.
Logo nas primeiras semanas de mudança de hábitos e de controle alimentar, os quilos diminuem com mais rapidez. No entanto, com o passar do tempo e dos treinos, seu organismo vai se adaptando à nova condição e passa a “poupar” energia – ou seja, seu metabolismo diminui o ritmo. Você passa a emagrecer menos, ou mais vagarosamente, e isso gera uma frustração enorme. Não desanime, siga o plano e os resultados vão chegar, mesmo que demore mais do que você imaginou.
7. Invista em equipamentos
Não estou falando em nada caro ou sofisticado. Tampouco defendo a tese de que nós, mortais, devemos usar tênis e roupas tecnológicas para correr melhor ou mais longe. Longe disso. Sem dúvida, a corrida é um esporte muito democrático: simples de praticar (basta ir para um parque, academia ou mesmo na rua) e, de certa forma, barato (não precisa pagar para correr na rua!).
O que eu defendo, e só porque funcionou no meu caso, é investir em roupas e um tênis para servir de incentivo. Atenção: não compre um tênis caro! Não é racional gastar os tubos num tênis cheio das “frescuras” se você ainda não sabe se vai virar um corredor assÃduo. Procure as edições passadas, com preços sempre mais em conta. O mesmo vale para as roupas. Fuja dos lançamentos e você vai se dar bem.
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